Toda mãe tem uma enorme preocupação em relação à educação de seus filhos.
Apesar de sabermos o quanto a educação familiar é fundamental para a construção dos valores de nossos descendentes, ela não é a única a moldar a personalidade deles.
O cérebro, na infância, funciona como uma esponja, absorvendo tudo que está ao seu alcance.
Da fala do personagem do desenho animado à música cantada pela faxineira, tudo influencia a rica criatividade dos pequenos, em maior ou menor grau.
Mas e quando eles estão fora do seu alcance e você não pode controlar o que eles fazem, comem e escutam?
Longe das asas da mamãe, as crianças se abrem a um novo mundo, repleto de amigos nem sempre tão bonzinhos quanto você gostaria.
A psicóloga Carolina de Alvarenga Sales dá algumas dicas
“Mesmo recebendo uma educação muito semelhante, a percepção de cada filho sobre a realidade será diferente.
É a questão do copo, que tanto pode estar meio cheio, quanto meio vazio”
“No dia-a-dia, eles recebem influências externas, no caso, os fatores ambientais, como família, amigos e professores. Esses fatores são fundamentais, mas não podemos nos esquecer do lado intrapsíquico.
É ele quem vai nos fazer interpretar os fatos de forma particular, tornando-nos pessoas diferentes umas das outras”
O intrapsíquico se constitui a partir do nascimento da criança, e se desenvolve de acordo com os estímulos que recebe, como numa via de mão dupla.
Quando chega a adolescência:
É exatamente aí que mora o perigo.
Se pegar a filha falando um palavrão com enorme naturalidade, durante uma entusiasmada conversa ao telefone com a amiguinha, já é um susto, imagine flagrá-la bebendo cerveja.
A psicoterapeuta Marlúcia Pessoa ensina: “Muitos jovens começam a beber por influência dos amigos, mas se a família estiver atenta, pode evitar problemas.
Tudo vai depender do diálogo. Não se deve punir, mas sim orientar”. Mesmo com a existência de tantos fatores alheios ao controle dos pais, os valores que a família ensina continuam sendo muito importantes no desenvolvimento do caráter dos filhos.
“E não basta falar, tem que ensinar.
Dar o exemplo continua sendo a melhor saída.
É como a professora que pede berrando para que os alunos falem mais baixo”, exemplifica a psicoterapeuta.
Para educação não há receita de bolo, mas com amor e paciência – e quem sabe, uma boa palmada -, tudo tem jeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe um comentário.