segue-lhe os sinais que não fui a tempo de desvanecer,
aprecia muito mais o que sentires
do que aquilo que a visão te oferecer…
despe-me o corpo e lê-me a alma,
rasga os tecidos desprotegidos
nas artérias e veias que mapeiam a minha pele…
Suaviza e eterniza este momento,
cristaliza as gotículas do salgado suor
que da minha fronte se desprenderão
como chuva quente no Verão,
para a concha da palma da tua mão
e faz delas parte dos teu segredos,
guarda-as como cristais diamantizados,
em valiosos quilates lapidados…
Quando, por fim, eu estiver descodificado
na imensa enciclopédia dos termos sem significado,
fala-me, finalmente, das coloridas paisagens
que tão ansiosamente em mim desbravaste,
das empolgantes e subtis panóplias de imagens
que por todo eu em tela de linho pintaste
e dá-me um pouco do teu valioso tempo
para continuarmos neste doce momento…
Vamos conversar…
deixa-me olhar bem no fundo do teu olhar
e descodificar o que há para decifrar
nos mistérios que em ti residem…
Permite-me despir-te a alma e ler o teu corpo…
Autor: Vítor.C
Que poema lindo!
ResponderExcluirtabem achei muito lindo! grata pelo comentario
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